As duas montadoras líderes no segmento PREMIUM, BMW e Harley-Davidson, parecem estar testando o mercado em 2019 pelo que indicam as projeções com base no primeiro semestre: com produção pouco maior que em 2018, mas adequando a produção de modelos conforme a demanda. Basta ver o catálogo HDMC Brasil encolhendo.
A BMW produziu 4092 unidades e vendeu 4651unidades, projetando para 2019 uma produção semelhante a de 2018 (cerca de 8200 unidades), mas vendendo bem mais que em 2018 (cerca de 9300 unidades, perto de 20% de aumento). Como não existe milagre (vender mais do que produzir) sem haver um excedente anterior (que em 2018 foi de 598 unidades) eu projeto perto de 8000 unidades vendidas para 2019.
O bom desempenho da BMW deve-se a aposta feita na motorização 310 cc. A BMW G310 GS já é o best seller da marca alemã com 1226 unidades vendidas para 997 produzidas projetando uma produção de 2000 unidades e venda de 2500 unidades. Corrigindo com base no encalhe de 2018, que provavelmente foi uma preparação para atender a demanda pelo novo modelo neste ano, acredito que o modelo vá ser responsável por um terço da produção/venda da marca em 2019.
Já a HDMC produziu 3159 unidades e vendeu 2724 unidades, projetando cerca de 6400 unidades (5987 unidades) e venda de 5500 unidades (5739 unidades) para 2019. A confirmar essas projeções podemos esperar um encalhe grande e por isso acredito que a produção deva estacionar e novas promoções devem surgir para manter os números semelhantes ao ano passado.
Não consigo avaliar até que ponto o fator novidade dos últimos modelos que entraram no catálogo HDMC Brasil influenciaram seus números (representam 10% da produção/venda da montadora), pois aliado a entrada dos modelos no catálogo, a HDMC retirou do catálogo os modelos que fariam competição caseira.
O top ten da HDMC no primeiro semestre ficou assim: Fat Boy (nas versões 107 e 114) em primeiro lugar com 683 vendidas/762 produzidas; em segundo vem a Iron 883 com 376 vendidas e 373 produzidas; em terceiro vem a Fat Bob com 373 vendidas e 471 produzidas; em quarto a Iron 1200 (que herdou os órfãos da Forty-Eight) com 201vendidas e 211 produzidas; em quinto vem a Road Glide (nas versões Ultra e Special) com 191 vendidas e 227 produzidas; em sexto vem a Limited com 168 vendidas e 194 produzidas; em sétimo aparece a Sport Glide (que herdou os órfãos da Heritage Classic e abocanhou uma parte dos fãs da Deluxe) com 149 vendidas e 169 produzidas; em oitavo aparece a FXDR (que herdou os inconformados órfãos da V-Rod) com 145 vendidas e 203 produzidas; em nono aparece a Road King Special (sendo quatro vendas na versão Police) com 94 vendidas e 96 produzidas e por último, em décimos a Street Bob com 69 vendidas e 87 produzidas.
A Softail Slim segue sendo uma moto de nicho para a turma que gosta das bobbers (61 vendidas e 83 produzidas), a Deluxe sentiu a chegada da Sport Glide (61 vendidas e 80 produzidas) assim como a Breakout anda apanhando da FXDR (65 vendidas para 97 produzidas).
A candidata a mico do ano é a Street Glide Special (52 vendidas e 54 produzidas) e só sobrevive por ser um modelo mais barato que a Road Glide Special.
A Softail Slim segue sendo uma moto de nicho para a turma que gosta das bobbers (61 vendidas e 83 produzidas), a Deluxe sentiu a chegada da Sport Glide (61 vendidas e 80 produzidas) assim como a Breakout anda apanhando da FXDR (65 vendidas para 97 produzidas).
A candidata a mico do ano é a Street Glide Special (52 vendidas e 54 produzidas) e só sobrevive por ser um modelo mais barato que a Road Glide Special.
As exclusivas CVO, Street Glide, Limited e Road Glide, estão amargando o preço de venda (todas acima de R$150.000,00) com 21 vendidas para 48 produzidas e o ritmo de produção deve diminuir ou até mesmo parar por conta do baixo percentual de vendas em relação à produção.
2 comentários:
Bom dia, acho que o aumento das vendas da BMW, foi o preço das GS1200 ano passado, pois eu mesmo troquei minha SG 17 por uma GS 18, sendo que o preço da GS 1200 ano passado estava igual ao da Fat boy, sendo que a marca alemã oferece mais tecnologia pelo mesmo preço de uma softail.
Henrique essa mudança de marca por conta de valores de compra já vem sendo sentida há dois anos.
Em 2019 o salto nos números se deu pela entrada da G310GS, que já é a número um em vendas e produção da BMW.
Eu sei que cada um sabe onde aperta o calo, mas eu não troco uma HD por uma GS por questão de preço de compra. O seguro nas GS são valores equivalentes à SUVs blindados e isso por conta da alta sinistralidade com esse modelo.
Eu tenho vários amigos que andam de BMW e todos, sem exceção, já foram roubados.
Andar de moto procurando assaltante no espelho retrovisor a todo momento tira muito do prazer em rodar de motocicleta.
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