Lynchburg, Tennessee, é uma cidadezinha peculiar: abriga a destilaria de uma das marcas de Whiskey mais conhecidas no mundo e é um Dry County.
Dry County é um condado seco, ou seja: você não pode beber em bares ou restaurantes e muito menos em público. Acaba sendo uma contradição abrigar a destilaria do Jack Daniels.
Chegamos em Lynchburg no início da tarde, com visita marcada na Destilaria para 16:30.
Os tours na destilaria podem ou não incluir degustação de whiskey e é claro que marcamos a visita com degustação incluída.
Custa 25 dólares por cabeça e o Giba ainda arrumou um desconto para quem fez o tour.
No tour visita-se a fonte de água da destilaria (só pode ser considerado um Whiskey se tiver água do Tennessee), em seguida a área de fermentação (onde só de entrar no recinto já se sente o aroma do Jack Daniels), filtragem e engarrafamento.
Na degustação foram oferecidas cinco tipos de Jack Daniels, os mais requintados: Jack Daniels Sinatra Select, Jack Daniels Single Barrel Rye, Jack Daniels Single Barrel Select, Jack Daniels Single Barrel 100 proof e Gentleman Jack.
O meu preferido continua sendo o Jack Daniels Single Barrel Select. Não gostei do Single Barrel Rye (centeio ao invés de milho).
Saindo da destilaria só deu tempo de passar rapidamente na Gift Shop do Jack Daniels no centro da cidade porque a cidade encerra expediente as 18h.
E quando digo encerra o expediente é fechar tudo mesmo. O Giba conseguiu que um restaurante nos atendesse após as 18h para comer um hamburger e foi só.
Como Lynchburg é uma cidade pequena, o hotel foi um típico motel de filme: quartos em sequencia, com vaga para a moto na frente do quarto, uma tv com canais via satélite e banheiro bem simples, bem pior que os motéis Super 8 que são encontrados nas estradas americanas.
Ainda assim pudemos aproveitar bem o fim de tarde: Giba conseguiu no mercadinho perto do hotel que fosse disponibilizada cerveja e soft drinks, e pude aproveitar o fim de tarde/início da noite bebendo um Jack comprado na loja da destilaria.
Em Lynchburg a lei seca só vale no centro da cidade, como percebe-se pela nossa "mesinha" trazida do quarto...
No dia seguinte foi pé na estrada rumo a Robbinsville, North Carolina, que serviu de base para "domar o dragão".
Foram mais 230 milhas (cerca de 350 kms) pela I-24 e I-75 até a US165 onde entramos no Smoky Moutain Park e fizemos a Cherohalla Skyway até chegar em Robbinsville.
Cherohalla Skyway é uma das mais cênicas estradas que já pude fazer: pequenas retas, curvas longas, sempre margeando as montanhas e com um asfalto sensacional (principalmente a parte da North Carolina).
A temperatura desce rapidamente conforme é feita a subida da montanha (me fez sentir falta do casaco no alforge) e volta a subir na descida.
E apesar de não ser um traçado exigente é preciso atenção durante todo o trajeto, que é feito em pista de mão e contramão e tem velocidade máxima de 30 mph.
Vale a passagem.
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