Divulgados os números finais da produção e venda das montadoras e a HDMC perdeu o posto de maior montadora no segmento premium para a BMW, mantendo o primeiro lugar entre as Customs.
A HDMC produziu 6397 unidades e vendeu 6342 unidades enquanto a BMW assume o primeiro lugar no setor com 8528 unidades produzidas e 8561 unidades vendidas.
A Indian diminuiu o ritmo de produção na planta da Dafra e termina com 156 motocicletas produzidas e 153 unidades vendidas.
Apenas para completar o quadro das marcas premium, a Triumph segue mantendo o ritmo de cerca de 4000 unidades produzidas e vendidas, a Ducati vem mantendo o ritmo na planta da Dafra de 600 motos produzidas e vendidas. A Dafra monta as superesportivas da MV Agusta, mas os números são muito baixos e influenciam muito pouco o segmento premium.
Para 2016 tanto BMW quando HDMC já começaram a praticar a nova tabela: enquanto a Harley-Davidson reajustou sua tabela deixando os seus modelos com preços bem próximos dos praticados nos EUA (praticando a conversão de moedas), a BMW fez um reajuste intermediário uma vez que todos os modelos vendidos ainda são 2015/2016 (exceção à Nine T que ainda é 2014/2015).
Quem tiver interesse nas tabelas, Wilson Roque publicou as tabelas no seu blog: HDMC (aqui) e BMW (aqui).
Eu recebo muitas críticas por comparar a BMW com a HDMC, a mais comum é dizer que estou comparando alhos com bugalhos, mas a realidade é que as duas montadoras batalham em um mercado status e vale a pena comparar as estratégias das duas.
Para quem acompanha o segmento fica nítida a estratégia da montadora alemã de ampliar o leque de opções de forma gradativa, aumentando a escala de produção para poder manter o preço de venda em um patamar mais competitivo enquanto a montadora americana aposta no marketing do life style para manter suas vendas, apostando pouco na ampliação do catálogo brasileiro ou na atualização dos modelos vendidos no mercado brasileiro com os vendidos no mercado internacional pela matriz.
Essa diferença de estratégias parece mostrar também uma diferença na mentalidade do consumidor, que está bancando o risco da compra de um modelo com maior sinistralidade e maior índice de furto e roubo em nome de um produto mais moderno e de aquisição mais fácil.
Resta saber se a HDMC vai começar a se preocupar com a liderança ou apenas se preocupar em continuar figurando com a maior montadora Custom do Brasil. Com o cenário econômico pouco favorável a ampliação do mercado consumidor dos produtos premium, a disputa pela fatia que sobra tende a ser mais complicada. Vamos ver como as montadoras vão se comportar na busca pelo consumidor em um mercado menor e com mais uma montadora buscando espaço, a Indian.
O top ten do segmento premium: GS 800 (1742 unidades), GS 1200 (1583 unidades), GS1200 A (1334 unidades), GS 650 (1197 unidades), F800 (917 unidades), Iron 883 (895 unidades), XL 1200 Custom (704 unidades), Tiger XRX (692 unidades), Tiger Explores (627 unidades) e Breakout (621 unidades).
E para terminar o top ten da HDMC: Iron 883 (895 unidades), XL 1200 Custom (704 unidades), Breakout (621 unidades), Sportster 48 (532 unidades), Limited (514 unidades), Fat Boy Special (466 unidades), Heritage (351 unidades), Fat Boy (340 unidades), Night Rod Special (305 unidades) e Deluxe (265 unidades). O mico do ano ficou mesmo com a Low Rider com 113 unidades.
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