Velocidade é hábito. Quanto mais você anda forte, mais você sente falta da adrenalina da velocidade e quando percebe está acelerando para sair da garagem.
Como todo hábito, custa a ser controlado e vencido.
Tenho visto cada vez mais acidentes em razão do excesso de velocidade e da imperícia em controlar a moto em situações corriqueiras como entrar em uma curva mais fechada ou desviar de um buraco. Quando acontece uma emergência como desviar de um carro que trocou de pista ou desviar de um pedestre quase sempre acontece o acidente.
Não bastassem as situações normais do transito, tenho visto uma novidade: largada no sinal de transito. Quando há espaço, juntam-se vários "pilotos" de rua aguardando o sinal abrir e saem em disparada. Já vi dois no chão após se chocarem na "largada".
Por que isso? Porque eles são "pilotos", porque eles são "hábeis" e porque eles precisam mostrar aos colegas que andam melhor que os demais.
Hoje em dia é cada vez mais importante controlar o hábito da adrenalina.Treinar para as situações de emergência que estão se multiplicando com os audazes do guidão e do volante.
Respirar várias vezes e procurar um espaço para permitir a passagem dos "buzininhas" que vem perturbando pela rua e tentar manter a boa vontade na hora que um desses "espertos" cai na sua frente e você precisa tomar uma atitude para ajudar.
Infelizmente, com a popularização da motocicleta, passamos a ser alvos também dos "invencíveis e incaíveis valentinos" das cidades.
E não pensem que isso é privilégio das motos de baixa cilindrada. Tem muito "valentino" andando em motos de grande porte, big trails e estradeiras.
Sugiro que, além das técnicas de frenagem de emergência, o contra-esterço e contra-peso para uma correção de trajetória emergencial, passemos a praticar a antecipação e cada vez mais pilotagem defensiva para ter mais chances de ir e voltar para casa diariamente.
2 comentários:
Sábios conselhos. Tenho reparado bastante nisso ultimamente também.
Há uns meses atrás dei passagem para um Valentino. Até tive um pressentimento ruim e pensei "daqui a pouco está estirado no chão".
Dito e feito. 500 metros à frente, tive que ajudar ele, bateu em um carro mudando de faixa e a bengala entortou, a moto não andava mais. Ele, só ferimentos leves.
Essa síndrome já era percebida em esportivas nas estradas, Bandeirantes como habitat natural. Mas recentemente me deparei com um bando de estradeiras -dynas, fats, electras, M800s, shadows, etc. - todas elas fazendo dos corredores da estrada uma pista de campeonato e no encalço uma ninja 300 e uma Bandit.
Nao sei quem ganhou a corrida, mas sei que todos saíram perdendo no final, principalmente alguns garupas.
Não vejo vacina para isso, infelizmente.
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