A matéria veiculada na edição de sábado 22/11 pelo JB foi republicada pela Gazeta Mercantil em sua edição publicada na internet.
O link para a matéria é : http://www.gazetamercantil.com.br/GZM_News.aspx?parms=2204445,19,1,1
Para quem não conseguir visualizar, o texto da matéria segue transcrito abaixo:
26/11 - 01:14
Paixão por Harley-Davidson usa batom
Rio, 26 de Novembro de 2008 - No imaginário popular, quando se fala em motos Harley-Davidson, a cena é a de rebeldes como Peter Fonda e Dennis Hopper, dando vida aos personagens Wyatt - o Captain America - e Billy, no clássico filme de estrada Easy Rider (ou Sem Destino), de 1969. Mas a marca ianque há algum tempo tem conquistado corações das mulheres brasileiras.
Elas ainda são poucas no País. Diferentemente dos Estados Unidos, onde nas comemorações dos 105 anos da HD, no mês de setembro, marcaram forte presença. Mas sobra entusiasmo - tanto que a diretoria da Harley Owners Group (como é chamado o clube de proprietários), tem no quadro a empresária Valéria Gomes, que há 25 anos pilota motocicletas e atualmente anda em uma Softail FX 1.600 cilindradas, pesando apenas 350 quilos.
"Sempre gostei de moto, antes de virar ‘harleira’ tive uma Dragstar [da marca Yamaha]", conta a empresária. "Hoje só troco a minha moto por uma outra igual", garante Valéria, que foi à sede da Harley-Davidson, em Milwaukee , no Estado de Winconsin, centro-leste americano, para participar da festa que chegou a reunir 900 mil pessoas. Foram mais de 6 mil quilômetros durante 19 dias rodando por 11 Estados.
Firmes na estrada
A paixão pela moto também levou uma profissional de saúde, a cirurgiã-dentista Valéria Aranha, aos Estados Unidos. Dona de uma Fat Boy (cotada a R$ 58,9 mil) - com direito a placa com o nome da proprietária no tanque e o apelido de Thelma - ela concretizou um sonho que acalentava desde 1995. Ela não queria perder a festa de jeito nenhum. Um ano antes, Valéria reservou hotel em Milwaukee, além de alugar uma moto igualzinha à sua.
Valéria pilota desde os 14 anos. "Meu amor por moto não é coisa nova e ter uma Harley-Davidson sempre foi meu sonho", relata. Na viagem, ela passou por Las Vegas e Chicago, entre outras cidades. "O mais emocionante era encontrar harleiros que seguiam para a festa", conta a aventureira, que teve como companheira a engenheira elétrica Claudia Fujarra.
Também dona de uma Fat Boy (chamada de Louise, por causa do filme de Ridley Scott, Thelma & Louise), a engenheira não pensou duas vezes em seguir para os Estados Unidos com a amiga. "Foi maravilhoso. O grande segredo é que você faz amizade em todos os lugares, ainda mais em um encontro especial como aquele."
Sem tantas horas de estrada, mas com a mesma paixão por uma Harley, a universitária Silvana Faria percorreu um longo caminho até comprar sua FX 1450cc. Agora, Silvana já planeja ir à festa dos 110 anos.
"Chegar à Harley não foi difícil, já que meu marido tem uma", destaca ela. Desta vez, ela não pôde participar das comemorações por ter filho pequeno. "Faço apenas viagens curtas, mas daqui a cinco anos estarei lá", promete Silvana, que baixou a suspensão da moto por ser um tipo mignon.
O mundo do harleiro difere de tudo. Uma camisa, capacete ou detalhe faz parte do cotidiano. Valéria Aranha, por exemplo, não abre mão da camisa com o logo da HD. Já Valéria Gomes e Cláudia Fujarra vão paramentadas do casaco ao capacete, sem esquecer da moto com adesivos originais. "A Harley Davidson é uma espécie de lego", compara Silvana Faria. "Sempre é possível colocar mais acessórios. E o apaixonado por ela sempre procura algo novo."
Uma harleira que se preze por mais fanática que seja não abre mão da feminilidade. "Claro que tem que ter uma produção. Não é por termos uma HD que vamos descuidar da imagem", afirma Valéria Gomes.
Para a piloto e motociclista Suzane Carvalho, as HD são motos que oferecem conforto. Mas ela não as recomenda para o trânsito insano das cidades. "Como as rodas dianteiras e traseiras são praticamente do mesmo diâmetro, e são motos com entreeixo longo, são lentas de reação", ensina Suzane. Mas a Harley tem um atributo extra. "Não há como negar que representam um símbolo de status."
(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 12)(Antonio Puga)
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