ABRACICLO publicou na semana passada os números do primeiro quadrimestre.
Na comparação com o primeiro bimestre, a BMW teve a melhor recuperação com a estimativa para 2017 chegando perto das 7000 unidades vendidas (6933).
A HDMC também mostrou recuperação, mas sem a saúde que a marca alemã demonstrou: saltou que cerca de 4000 unidades para cerca de 4700 unidades vendidas (4683).
A Indian manteve sua estimativa do primeiro bimestre, com cerca de 400 unidades vendidas (378), e foi o pior desempenho entre as três marcas que acompanho com mais regularidade: a estimativa baixou de 432 unidades para 378 unidades. Esse desempenho estagnado pode ser um reflexo da demora em terminar com os estoques 2016 nos dealers e acredito que vá se recuperar, mas acho difícil alcançar a meta do ano passado de 800 unidades vendidas que também não aconteceu.
Boa parte desse desempenho das vendas é fruto das promoções para terminar os estoques 2016 porque o cenário na ponta da produção mostra números bem inferiores, embora as três fábricas tenham tido uma melhora nos números, ainda assim mostram que estão longe de seus melhores números.
A BMW começa a se aproximar da casa das 6000 unidades produzidas (5688), a HDMC se aproxima da marca de 5000 unidades produzidas (4848) e a Indian segue perseguindo as 400 unidades produzidas (336).
O top ten da HDMC tem a best seller Iron com 265 vendidas (288 produzidas) seguida pela Breakout com 225 vendidas (146 produzidas, mostrando o resultado da promoção feita em março), em terceiro vem a Fat Boy Special com 220 unidades vendidas (175 produzidas, também efeito da promoção de março), em quarto temos a Limited com 194 unidades vendidas (201 produzidas) , em quinto vem a Street Glide Special com 92 unidades vendidas (92 produzidas), em sexto a Dyna Fat Bob com 85 unidades vendidas (desova do estoque 2016 já que o modelo ainda não tem números de produção), em sétimo chega acaçula Roadster com 82 unidades vendidas (163 produzidas), em oitavo a Sportster 48 com 58 unidades vendidas (60 produzidas), nono está a Heritage com 55 unidades vendidas (127 produzidas) e fechando o top ten a Fat Boy com 54 unidades vendidas (158 produzidas).
Os números já justificam as promoções na Fat Boy (já recebi mensagem de e-mail dando desconto e bônus para troca) e na Roadster (que está com desconto). E esperem por uma promoção igual para a Deluxe, que produziu 103 unidades e vendeu apenas 34 até o fechamento do primeiro quadrimestre.
Apenas como curiosidade: ao lado da Fat Bob, a Street Bob vendeu bem: 43 unidades e produziu apenas uma, mostrando a desova do estoque de 2016 tal e qual a Fat Bob.
O mico do ano deve ser novamente a Low Rider, que vendeu 8 unidades (provavelmente do ano passado já que a produção se limitou a 8 unidades), demonstrando apenas que o consumidor não quer mais o motor TC96.
As CVOs estão sendo montadas conforme as vendas nos dealers: a Limited vendeu 18 de 17 produzidas (tem alguém esperando ansiosamente a sua) e a Street Glide vendeu 13 de 8 produzidas (essa lista de espera é maior).
A Indian segue a mesma estratégia de montar as motos conforme pedidos: tem 126 unidades vendidas de 112 produzidas, com a Scout mostrando ser o best seller da marca.
4 comentários:
É impressionante o fraco desempenho da HD.
Será que a HD traz os motores 103 na linha Dyna (Street Bob, Fat Bob e Low Rider) e aposenta o motor TC96? A produção de apenas uma moto nessa linha, ao meu ver, indica que sim. Espero!!!!
Obs. A HD já está fazendo a promoção da Deluxe, no mesmo e-mail da promoção da Fat Boy mais abaixo vem da Deluxe, com desconto, salvo engano, maior que o da Fat Boy.
Ass.
Augusto Mendes
Este desempenho da Indian preocupa em relação a permanencia da marca no Brasil não?
Luiz, preocupa. E com a notícia veiculada hoje que a Indian interrompeu a produção por conta dos estoques estarem acima do esperado, preocupa mais ainda.
A informação veiculada procede, de acordo com os números já publicados pela ABRACICLO em maio.
Por outro lado, o dealer carioca Indian soltou nota, através dos seus vendedores no FB, informando que a produção e a parceria com a Dafra foram interrompidas e que a linha 2018 (a ser apresentada no dealer Convention em Agosto/17) será importada completamente montada, ou seja: será importada diretamente da matriz sem passar por qualquer processo de montagem.
E apesar do aumento dos custos (a importação nessa forma tem impostos de importação com alíquotas maiores), os preços não sofrerão aumentos.
Outra informação é que a Polaris procura espaço para montar sua própria planta industrial e para de depender da Dafra, a exemplo do que fez a BMW recentemente.
Vamos aguardar os desdobramentos.
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