A partir do dia 16/02 o Governo brasileiro empurra mais um problema para o contribuinte: a fim de permitir um socorro ao setor alcooleiro, o teto da mistura de álcool no combustível subiu 10% passando de 25 para 27,5% (na prática ficou em 27% por falta de instrumento capaz de aferir a mistura com precisão de 0,5%).
A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos automotores (leia-se carros, utilitários e veículos pesados) aceitou essa elevação após reunião com o Governo onde foram apresentados testes de desempenho feitos pela Petrobrás afirmando pelo não prejuízo nos motores com o novo percentual de álcool.
Apesar disso, a Anfavea pediu testes de durabilidade dos componentes com a nova mistura e esses testes levarão mais tempo para serem concluídos e como medida paliativa negociou que as gasolinas de maior octanagem, Premium (91 octanas) e Pódium (95 octanas) permanecessem com a mistura limitada em 25% de alcool para preservar os veículos não flex, já que os veículos flex não tem qualquer tipo de problema em rodar com até 100% de álcool.
E parece que o Governo vai autorizar essa solução.
O que isso implica para quem roda de motocicleta? Você vai gastar ainda mais para encher seu tanque pois não poderá usar a gasolina comum, apesar de não ser necessário pelo projeto do motor, pois esse combustível ainda não tem testes suficientes que garantam a durabilidade dos componentes do sistema de admissão. Até prova em contrário, apenas as gasolinas com preços maiores são indicadas para uso em motores que não sejam flex, caso das motocicletas em sua maioria.
Fica o alerta para evitar o combustível comum e aditivado de baixa octanagem (87 octanas). Quem tiver disposição para testar os efeitos, avise que a gente compartilha. Não me ofereço para ser cobaia, a Fat não merece isso.
Agradeçam à Ministra da Agricultura que negociou a medida em benefício dos usineiros e agradeçam à nossa Presidente por tê-la escolhido.
Apesar disso, a Anfavea pediu testes de durabilidade dos componentes com a nova mistura e esses testes levarão mais tempo para serem concluídos e como medida paliativa negociou que as gasolinas de maior octanagem, Premium (91 octanas) e Pódium (95 octanas) permanecessem com a mistura limitada em 25% de alcool para preservar os veículos não flex, já que os veículos flex não tem qualquer tipo de problema em rodar com até 100% de álcool.
E parece que o Governo vai autorizar essa solução.
O que isso implica para quem roda de motocicleta? Você vai gastar ainda mais para encher seu tanque pois não poderá usar a gasolina comum, apesar de não ser necessário pelo projeto do motor, pois esse combustível ainda não tem testes suficientes que garantam a durabilidade dos componentes do sistema de admissão. Até prova em contrário, apenas as gasolinas com preços maiores são indicadas para uso em motores que não sejam flex, caso das motocicletas em sua maioria.
Fica o alerta para evitar o combustível comum e aditivado de baixa octanagem (87 octanas). Quem tiver disposição para testar os efeitos, avise que a gente compartilha. Não me ofereço para ser cobaia, a Fat não merece isso.
Agradeçam à Ministra da Agricultura que negociou a medida em benefício dos usineiros e agradeçam à nossa Presidente por tê-la escolhido.
18 comentários:
Será que está comprovado que os motores das H-D realmente aguentam a mistura de 25%? Nos EUA o máximo permitido é 10%. Duvido muito que os fabricantes de motocicletas de grande porte, cujas vendas no Brasil estão abaixo das 20.000 unidades/ano vendidas (por marca, não no conjunto) tenham tropicalizado os motores só para o Brasil.
Pelo uso que faço da Fat posso dizer que até 25% ela agüentou.
Ultrapassar o limite de um quarto e se aproximando de um terço do volume é uma mistura que altera muito as características de qualquer substância.
Nenhuma montadora tropicaliza sus motores, simplesmente alteram a proporção da mistura no fluxo de ar/combustível sem levar em conta a eficiência que aquele novo volume terá ao ser queimado.
A primeira providência para tropicalizar é exatamente ajustar a eficiência da queima, seja ultrapassando os valores originais nas tabelas VEs ou seja ajustando o ponto de centelhamento para disparar atrasado e pegar a camâra mais fechada.
Nunca tentei mudar o ponto de centelhamento por falta de maior conhecimento é muito provavelmente iria me deparar com as pré detonações.
Na sugestão da Anfavea faltou coragem para pedir uma gasolina sem álcool ou limitando aos 10% da gasolina californiana, proporção suficiente para melhorar a qualidade da queima da gasolina.
Acredito que o proprietário de veículo iria consumir esse novo produto, primeiro por curiosidade e depois pelo rendimento que teria. O custo de produção seria menor, já que não teríamos uma das fases atuais (adição de álcool) e a justificativa verde poderia ser usadas para manter esse combustível com valores de revenda maiores.
Por enquanto não pretendo arriscar o uso da gasolina comum, aguardando a divulgação desses testes que serão feitos pela BR.
Bom dia amigos,
O grande problema é que em nossas estradas, não encontramos com facilidade as gasolinas premium!!
Boa noite, diante do fato, qual seria então a melhor opção de gasolina?
A recomendação é usar Premium ou Pódium para evitar risco de desgaste das partes da admissão e queima do combustível.
Será que agora não era a hora de fazer uma ação coletiva junto ao procon contra esta mistura? Já que a mesma não foi testada e pode acabar danificando o motor. Lesando assim o consumidor.
Não hå causa para ação judicial já que a nova mistura está sendo recomendada apenas para veículos flex que podem rodar com até 100% de álcool.
Para veículos não flex está sendo recomendada as gasolinas de alta octanagem, que não terão alteração na proporção de álcool e a essa mistura já foi testada e liberada anteriormente.
Mas Wolfmann,
"Obrigar" os donos de veículos não-flex não vai contra os direitos dos consumidores, de optarem por esse ou aquele produto?
Pessoal, não acho que seja questão de um quarto ou um terço, até porque, convenhamos, 0,275 é muito mais próximo de 0,25 do que de 0,333 né?
O problema é esse total desrespeito ao consumidor, à indústria, aos importadores e, em resumo, ao cidadão.
E permita-me discordar ao dizer que acho, sim, que caberia uma ação contra essa medida. Os carros e motos modernos tem uma "flexibilidade" embutida por causa da injeção eletrônica, etc., mas os que não são flex não foram projetados para rodar com álcool! E a solução de rodar com podium me lembrou Maria Antonieta e os brioches. Quer dizer que mudam o teor de álcool e somos obrigados a comprar a gasolina que custa R$ 1,00 a mais por litro? Se vivêssemos num país que respeita o cidadão, os postos venderiam gasolina 100%, álcool 100% e você abastece como quiser. Se o álcool faz parte da política xyz do governo, a proporção tem que ser fixa ou as mudanças anunciadas com 10 anos de antecedência! Vamos ficar calados, e amanhã, quando anunciarem que a Petrobrás quebrou e que só vamos ter álcool, baixamos a cabeça novamente e colocamos as motos num depósito à espera de melhores tempos...
Um veículo não flex, seja ele importado ou não, já vem rodando muito acima de seu projeto.
Lembro das primeiras conversões feitas para carros a gasolina rodarem com álcool na década de 80, e o resultado foi muito ruim, com muitos fazendo retíficas.
Essa discussão sobre o produto a ser revendido deveria ter sido iniciada junto com o Proalcool e não foi.
Até 2005, salvo engano, não se falava em carro flex e a indústria preparava seus motores para uma mistura abaixo dos 20%. Esses veículos ainda rodam e vão sofrer tanto quanto os veículos importados que estão sendo preparados para rodar sem álcool ou com no máximo 10% de álcool na mistura.
Se a Anfavea afirma pela possibilidade de uso da nova mistura, é ela que dá amparo ao Governo para empurrar essa mistura, portanto se existe alguma causa de pedir na ação, deve ser contra a Anfavea e não contra o governo. São eles que garantem os produtos vendidos.
O Governo é oportunista e negocia alguma isenção de IPI para validar o socorro aos usineiros, coisa comum desde a implantação do Proalcool.
Eu não vejo forma de ajuizar ação contra o Governo para barrar essa medida. Podemos pressionar pela liberação de um combustível melhor, sem a mistura excessiva de álcool, mas com certeza não será na via judicial.
Reclamar junto ao Congresso através do seu representante eleito, fazer manifestação e mostrar descontentamento é uma via melhor, mas não vejo respaldo dentro da "sociedade politicamente correta" para justificar o uso de um "combustível menos ecológico" em nome do melhor rendimento de um motor de projeto ultrapassado.
Mas aceito sugestões.
Eu não posso ler esses post, cada vez que aparece na minha frente esses atos de egoismo do governo me da vontade de explodir tudo kkkk
Amigo Wolfmann, só a título de informação em 2005 tive um peugeot que já era flex. Salvo engano o primeiro carro flex comercializado no Brasil foi o Gol no ano de 2003.
O aumento do álcool na gasolina deve ficar só para abril.
http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/noticias/servicos,nova-gasolina-pode-ficar-para-abril-,23253,0.htm
Obrigado pela colaboração, Flávio.
Vou postar indicando a nova data
Abraço.
Talvez caiba uma ação em razão de serem poucos os postos com gasolina Premium, eu mesmo tenho um Hyundai Azera, e o posto mais próximo com gasolina Premium está a 110 km. Penso assim, pois acredito que o governo tem de dar alternativa para o consumidor, e no meu caso, não vejo como uma alternativa ter que abastecer em um posto a 110 km de minha cidade.
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/03/18/internas_economia,628901/mpf-pede-suspensao-do-aumento-do-percentual-de-alcool-na-gasolina.shtml
Olá caros amigos hoje estou falando com um advogado e o mesmo me esclareceu ,que se quiser-mos retroagir a gasolina para especificação de antes ou seja E25.teremos que entra com ação em massa junto ao procon e ministerio publico, e manifestações populares só assim seremos ouvidos.
E agora vão matar de vez nossas motos.
Com 40% de etanol fazemos o que? Importamos gasolina!!!!
Me parece estar ficando inviável esse país.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/03/decreto-pode-elevar-para-ate-40-percentual-de-etanol-na-gasolina.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa
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