Apesar de me oferecerem uma moto para desfilar, não participei do desfile por achar que não valia a pena ter o trabalho de pegar e devolver a moto simplesmente para rodar alguns kms de moto em São Paulo e ficar esperando hora e meia por isso.
Mesmo assim, a gente acaba perguntando como foi e as opiniões não foram as melhores. Unanimidade foi apenas a sensação de grandiosidade que o volume de HDs proporcionou: o G1 falou em 2000 motos e o Infomotos falou em 4000 motos, fazendo uma média: 3000 motos. O dobro do último desfile das bandeiras realizado na segunda edição do RHD.
A concentração para o desfile foi o ponto alto do desfile. Ver o "mar de HDs" deu a impressão de que todas as HDs vendidas no Brasil estavam no Anhembi, nas palavras do Celestino, além do show dos Credenciados. O desfile em si acabou sendo um anti-climax por conta do percurso pequeno, mas entendo que uma cidade como São Paulo não pode ter seu transito virado de cabeça para baixo por conta do marketing de uma fábrica.
O desfile deve ter servido para fazer o filme de divulgação, mas achei interessante que o desfile não tenha sequer chegado à ponte que serve como cenário do logo do evento.
Tiro no pé foi o destaque dado ao envolvido na investigação sobre furto de HDs realizada pelo DEIC. O dono da loja de couros compareceu ao evento, e como carregava em sua moto uma bandeira americana, foi posicionado à frente, logo após as bandeiras do Chapters e do pelotão de LOH. Deu entrevista e posou como "modelo de harleyro" por estar devidamente fantasiado e ter uma moto que a gente pode chamar de exótica porque vi muito poucas com chifres. Entendo que não se pode impedir acesso, desde que tenha ingresso, mas destacar a presença é demais. Só falta aparecer na revista do HOG novamente.
A entrada no local do evento merece um comentário: para quem vinha de HD, entrava no sambódromo para estacionar a moto sem que houvesse verificação ou recebimento de ticket. Não sei como era controlada a saída, mas sem grande controle de entrada não pode haver controle de saída.
Quem vinha a pé, entrava caminhando pelo sambódromo, vendo as motos e passeando pelo local onde estavam estacionadas. O controle de ingresso era feito somente na entrada do local do evento, já dentro do sambódromo, permitindo que qualquer curioso andasse pelo estacionamento das motos.
Quando voltei para buscar o carro vi algumas travas de bicicletas, normalmente usadas para prender o capacete na moto, cortadas com alicate me fazendo supor que tivemos alguns furtos de capacetes no evento
Na entrada havia duas roletas para o HOG e uma para o público em geral, e os integrantes do HOG recebiam pulseira que garantia ingresso no evento a qualquer momento, ingresso na área HOG e um pin do evento. A camiseta não foi oferecida, devendo ser comprada por quem tivesse interesse.
O local do evento me pareceu apertado, coisa confirmada com a chegada dos participantes. Houve uma divisão do espaço privilegiando ao HOG, que ficou perto do palco e tinha um pouco mais de conforto com uma área coberta onde os patrocinadores do evento (Bradesco e Petrobrás) colocaram alguns extras como café, área para relax (massagem) e salão de beleza para as Ladies of Harley. Além disso, havia um bar que servia Jack Daniels e mesa e cadeiras. Levaram em consideração as críticas feitas pelos Chapters para uma valorização do HOG nos eventos HDMC, em síntese levaram a estrutura do HOG Rally para a área HOG no evento HDMC.
Ficam as críticas de quem pagou mais caro (o ingresso HOG custou a metade do preço do ingresso comum) e acabou em lugar pior e com pior estrutura.
Havia uma loja vendendo camiseta do evento com preço diferenciado para o HOG, exposição de fotos em painéis contando a estória da empresa, o famoso jump start, onde você acelera parado com um ventilador na sua cara e exposição do catálogo 2013.
Bem, eu cheguei ao local do evento com o primeiro show já acontecendo: a banda Fabulous Bandit. Acredito que assisti a metade do show e fiquei com pena de não ter assistido o show inteiro. Gostei da banda e do repertório.
Houve uma exibição com as XR1200, modelo que sai do catálogo no ano que vem, de manobras radicais. Coisa que não acontece no uso comum.
Show seguinte foi o Mr. Kurk. Para quem conheceu o Rock Stock, vai lembrar fácil do Kurk, vocal da banda. A banda se desfez, o Kurk trouxe novos integrantes e manteve a qualidade: show que agrada sempre.
A banda Balance Van Halen cover fez o show seguinte que também foi bem legal.
Na sequencia tivemos Bill Davidson falando, homenagem ao Cap. Senra, tido como o harleyro mais antigo do Brasil e o show principal da noite: Capital Inicial. Não foi ruim como pichavam, mas o Dinho andou se perdendo nas letras... coisas da vida.
Balanço da festa: melhor do que esperava. Ouvi bom rock, um espaço confortável que permitiu conversar com muitos amigos de outros estados e um ingresso com bom preço. Gastaria mais indo ao cinema com a Silvana e o Nuno.
Vale ainda ressaltar o excelente marketing feito pela ABA HD que manteve seu nome em evidência criando programações para todo o feriadão, desde sugestão de show para a quinta a noite, quando já começavam a chegar os primeiros participantes do evento, sugestões de restaurantes com convênio firmado com o dealer, passeio na sexta feira até Campinas e oferta de serviço de leva e traz para quem estivesse nos hotéis sugeridos pela organização até a loja na Barra Funda. Não tenho notícia sobre o café da manhã na Auto Star, mas pelo que vi no sábado pela manhã na ABA HD, valeu o empenho.
Agora as atenções se voltam para a festa em Roma (com benção do Papa...), Sturgis fazendo Rally especial em homenagem à HDMC e Milwaukee. E segue o baile.
Um comentário:
Wolfmann, eu achei a segurança do evento fraca! não tinha nem aqueles com numeração. Considerando a presença do Arnold Santos no local (devia estar na cadeia), o roubo de capacetes é o de menos - mas não despresivel. Eu, como sempre, levei minha trava de disco. Podia ser mais seguro, mas acho que quiseram fazer do estacionamento de motos uma vitrine para o publico que não tem H-D. Do resto, considerando o preço do convite, tava de bom tamanho.
abraços, Renatinho
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