A imprensa especializada já publicou e os colegas blogueiros também já postaram sobre o assunto: a HDMC Brasil, através do próprio presidente, lançou a linha 2013.
Esperava ver alguma coisa no salão da Rio HD, mas ainda não receberam nenhum modelo. Aliás o salão de vendas estava praticamente vazio, com algumas Irons, Blacklines e V-Rods.
Sem surpresas, mantendo os motores TC 103 somente na família Touring e apresentando apenas as novas cores e somente quatro modelos comemorativos em edição limitada (Electra Limited, Fat Boy, Heritage e Dyna Super Glide Custom), assim é o catálogo 2013.
Quem esperava o desembarque da Softail Slim ou a Sportster 72, que foram as novidades anunciadas pela matriz, perdeu seu tempo e talvez alguma oportunidade nas promoções de final de estoque 2012.
O que a fábrica brasileira traz como diferencial para este ano são duas versões da XL 1200 C que fazem parte do programa de customização de fábrica. Elas são modificadas em relação ao modelo já conhecido por uma nova opção de cores, pintura de motor, rodas e guidão.
E para os fãs da XR1200: ela continua presente no catálogo brasileiro mesmo já estando fora do catálogo americano.
O novo catálogo também confirma um realinhamento de preços e quem esperou pelas novidades vai gastar um pouco mais. Por exemplo, a Fat Boy tradicional tem preço inicial de R$ 49.400,00.
No site da HDMC Brasil você pode ver o catálogo e os preços iniciais, que podem ser majorados ou sofrer descontos conforme a política de vendas de cada dealer e carga de impostos estaduais ( http://www.harley-davidson.com/pt_BR/Motorcycles/motorcycles.html ).
6 comentários:
Wolfmann, existe alguma razão plausível para um aumento médio de 8% na linha H-D 2013?
Vi em Frankfurt a FAT e a RK 110 anos. A RK não tinha as faixas brancas, ficou horrível, pois a cor comemorativa não é bonita (na minha opinião).
A FAT também ficou um pouco esquisita na cor...mas há gosto pra tudo, e gosto não se discute!
abs
Claudio, não tenho acesso às planilhas da HDMC Brasil para saber os custos de fabricação ou margens de lucro, mas fazendo uma comparação com os preços da época que comprei minha Fat Boy, ainda estão mais baratos que em 2006.
Em 2006, uma Fat Boy custava nos EUA 16600 dólares e eu comprei a minha moto por R$ 52500,00 (equivalente a 24.800 dólares).
Hoje a moto custa R$17000 dólares nos EUA e no Brasil vai sair por R$ 49900 (equivalente a 22.800 dólares) e se você pegar o preço de janeiro, o modelo custava R$46.600,00 e embora tenha valor absoluto menor, tinha valor convertido maior (cerca de 25.000 doláres).
A própria variação cambial já mostra que esse realinhamento poderia ter sido bem maior.
Gostaria de saber do amigo se o mesmo tem informações do pq da Harley Argentina (América Latina) a linha 2013 tem 30 modelos e aqui no Brasil (7ª maior merc. Harley) temos apenas 17? Só TOURING são 08 modelos contra 03 nossos, CVO é 04 lá e zero aqui.
Guilherme, o grande diferencial é a fábrica de Manaus, que monta em regime de CKD os modelos vendidos no Brasil.
Enquanto a América Latina recebe os modelos fabricados e importados mediante encomenda dos importadores locais, o Brasil elabora uma estratégia de montagem e venda através de uma filial local.
O que parece ser uma vantagem em termos de custos, acaba sendo um condicionante para comercialização de modelos, pois você monta os modelos homologados localmente e de acordo com uma estratégia da filial.
Os demais países latinos pedem conforme encomenda e, mesmo tendo um catálogo maior, nem sempre são atendidos pois dependem de excedente das fábricas americanas, sem falar nos acordos bilaterais de comércio exterior entre os países envolvidos.
Desde que a fábrica foi implantada em Manaus existe um rumor que essa fábrica seria a ponte para revenda dos modelos para o resto da América do Sul, mas acho que os vários tratados de comércio exterior dos EUA ainda não validaram essa opção e a fábrica segue atendendo apenas o mercado nacional.
O catálogo nacional é montado de acordo com decisões da filial brasileira e estratégia da divisão para América Latina da matriz e não dá para saber com são traçadas as estratégias para o Brasil, mas suponho que a matriz esteja mantendo em atividade instalações que estariam ociosas e demandariam investimento adicional para modernizar. Desse modo mantém-se as fábricas mais antigas trabalhando e pagando o investimento inicial da modernização antes de fazer novo investimento, que terá de ser feito em algum momento,
Pelo que já acompanhei ao longo dos anos, a HDMC mantém fábricas diferentes para o mercado americano e o mercado internacional (unidades HDI) e essa últimas mantém uma desfasagem mínima de dois anos.
Obrigado pela dedicada explicação. Eu imaginava que poderia ser algo assim mesmo, mas como o modelo de catalogo Tri Glide não constava como opção achei que as vendas não seriam por encomendas e sim modelos já importados para pronto entrega. Hj, na prática, estamos parecidos, já que a maioria dos nossos modelos não existe para pronto entrega no momento. A fabrica de Manaus trabalho no ritmo das importações das peças, que para nós parece não fazer diferença no preço e nem no tempo dos países vizinhos que importam pronto dos USA. Mas acredito que as coisas tendem a melhorar muito no Brasil. Novos e imponentes Dealers HD sendo inaugurados a cada mês já dá o sinal do que vem por ai. Abs.
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