sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

HDMC: o balanço de 2011 do ponto de vista do proprietário

Terminou 2011, números da ABRACICLO publicados e nota-se que o ano de 2011 foi bem melhor do que se esperava.

Mesmo com a batalha entre o antigo dealer nacional e a fábrica, a HDMC fecha o ano com 4935 unidades produzidas, seu segundo melhor ano desde que HDMC montou sua planta de produção em Manaus. Perdeu apenas para 2008 onde foram produzidas 6061 unidades.

E com 5011 unidades vendidas quase empatou com o melhor ano de vendas: 2008 com 5153 unidades vendidas, apenas 142 unidades a menor.

Com saldo de 476 unidades no pátio de Manaus (144 de modelos novos que ainda não foram liberados para venda restando apenas 332 de encalhe), principalmente Sportsters e Dynas, as promoções de início de ano praticamente encerraram os estoques em menos 15 dias traduzindo um excelente trabalho de vendas e mostrando que a estratégia da matriz em recuperar a gestão do mercado brasileiro foi acertada.

Esse resultado mostra bem a ineficiência do antigo dealer que levava as promoções para terminar com o encalhe de produção até março do ano seguinte.

Com o aumento do rede de revendedores a fábrica vai ter de mostrar serviço para atender a demanda e isso pode se traduzir em dois resultados: ou teremos uma alta na produção ou uma alta nos preços (o realinhamento da tabela dos modelos 2012 já é esperado). Vamos torcer para que a fábrica dê conta do recado.

Junto com esses resultados satisfatórios de vendas, vemos nos dealers as novidades dos catálogos de motorclothes e itens que traduzem o harley-davidson way of life. Muitas camisetas, luvas, casacos e roupas de chuva. Junto com copos, anéis, carteiras e outras tralhas.

Sente-se falta das botas e calças de viagem, a riding collection.

As reclamações sobre os serviços executados, antes muito frequentes, vem diminuindo mostrando que os dealers estão tentando melhorar o pós-venda. As peças mais corriqueiras são encontradas com relativa facilidade e as motos vem ficando menos tempo paradas por conta de falta de peças.

Por outro lado, ainda temos muitas reclamações sobre preços. Tanto mão-de-obra quanto peças e acessórios continuam em um patamar alto e a política de proibir as vendas world wide acabam deixando os proprietários se sentindo lesados na hora de pagar a conta.

Embora ainda se encontre muita coisa no e-bay e a HD Saint Paul de Minnesota tenha tido uma sentença favorável a continuar as vendas world wide, grandes fornecedores como a Adventure de Dover e o Zanotti ainda continuam obedecendo a proibição de vender fora dos EUA.

Os importabandistas de plantão reajustaram seus preços por conta dessa dificuldade e a HDMC ainda não cumpriu a promessa de criar o centro de distribuição de peças que garantiria o recebimento de qualquer peça em até sete dias.

Com isso estamos vivendo um período de "cubanização" em termos de HD: embargo oficial e a gente dependendo de amigos que tragam as peças que precisamos para manter as crianças rodando a preço justo.

Se querem mesmo manter o ritmo das vendas é bom pensar em melhorar o custo do pós-venda ou a insatisfação nesse aspecto poderá trazer alguns prejuízos sérios à marca dentro do mercado brasileiro.

3 comentários:

Anônimo disse...

Wolfmann,

A Tennesse em Campinas e a AutoStar em São Paulo não tem absolutamente nada de peças e acessórios. Não tem nem pneu para nenhum modelo....é brincadeira esses caras, uma vergonha!!!!

Anônimo disse...

Wolfmann, acho que a HDMC deve estar com uma estrategia parecida com a Hyundai... primeiro acerta os produtos e a venda... depois corrige o pos-venda. Veja que hoje temos revisão de Azera a R$ 300,00!

É questão de tempo para ajustar tudo. Tem muito trabalho e os americanos da HDMC nao deviam imaginar que os brasileiros reclamam tanto quanto os americanos quando algo está errado hehehe... abraços, Renato

Anônimo disse...

Wolf, em Porto Alegre a situação não é diferente. Pouca (melhor dizendo: quase nada) coisa à venda, de peças e acessórios, alguma coisa em roupas. Mas o preços, absurdos. Em Rivera, no Uruguai, abriu uma loja com preços bem melhores, onde é possível encomendar o que é preciso. Há a previsão, inclusive, de abrir uma oficina ainda em 2012. O negócio é buscar alternativas... Abraço, Luiz Felipe.